segunda-feira, 4 de março de 2013

Uso de dados móveis em smartphone quase dobra em um ano


Uso de dados móveis em smartphone quase dobra em um ano

De 2011 para 2012, a quantidade de dados consumidos por cada smartphone praticamente dobrou -a média global passou de 189 Mbytes por mês para 342 Mbytes por mês, um aumento de 81%. As informações são do estudo Visual Networking Index, da Cisco, que também registrou um aumento de 70% no tráfego global de dados móveis no mesmo período -de 520 petabytes por mês para 885 petabytes mensais. Um petabyte equivale a mil terabytes, ou 250 mil DVDs. No Brasil, o crescimento foi ligeiramente menor do que a média global --de 11,8 petabytes, em 2011, para 19,8 petabytes, em 2012, um aumento de cerca de 68%. Segundo o instituto Nielsen, 36% dos celulares no país são smartphones. O estudo da Cisco prevê ainda que, em 2017, cada smartphone gerará 2,7 Gbytes de tráfego por mês, cerca de oito vezes a média de 2012.



Habitat Móvel
O universo dos dados faz parte da rotina do publicitário Rodrigo Terra, 41. Não apenas Instagram, Facebook e Twitter para ver se apareceu alguma foto bacana aqui, novidades de amigos acolá, notícias corriqueiras do dia a dia --e-mails, aplicativos para buscar táxi, GPS e WhatsApp já se incorporaram à rotina pessoal e profissional. "Uso dados o dia inteiro porque tenho plano ilimitado", explica. "Pago R$ 29 por uso irrestrito de internet para pessoa física, mesmo. Troquei de operadora [por causa de problemas no tráfego de voz], mas a conta aumentou uns R$ 300 e voltei a usar o plano anterior", relata ele. São 2 Gbytes consumidos por mês, distribuídos em doses cavalares e diárias de conexão. Uma porção disso, por exemplo, vai para administrar o conteúdo que seu filho acessa no computador por meio de um app de segurança voltado para a família. "Programo remotamente assuntos e sites que ele pode pesquisar pelo smartphone. Também transfiro muitos arquivos para clientes. Costumo receber e aprovar muita coisa pelo celular", diz.

Mesmo sendo um "heavy user" (aquele tipo de usuário contumaz), ele limita essa característica. "Eu me policio muito. O mundo está exagerando um pouco nessa coisa de depender de celular. Costumo desligá-lo, leio um livro com meus filhos. A sociedade está começando a se preocupar", reflete. A relação intensa com dados também é natural para Mirian Bottan, 26, repórter do programa "A Liga" (Band). "É bizarro, mas ele é quase uma continuação da minha mão. [O celular] está ao alcance dela o tempo todo. O movimento de destravar o telefone é tão automático que às vezes destravo e travo em seguida, é involuntário", brinca ela, cujo consumo fica em torno de 2 Gbytes por mês. Além de usar apps de redes sociais "a cada cinco minutos", Mirian diz usar serviços de mensagens on-line e fazer buscas "quase o tempo todo", quando surgem dúvidas numa conversa, por exemplo.






Nenhum comentário:

Postar um comentário