Durante o segundo
trimestre de 2012, foram comercializados 606 mil tablets no Brasil, segundo
dados divulgados nesta segunda-feira, 24, pela IDC. A venda desses aparelhos
obteve um crescimento de 275% em comparação com o ano passado, o que pode ser
atribuído pelo mercado de dispositivos com preço inferiores a R$ 1 mil, de
acordo com o instituto. O estudo indica ainda a previsão de 2,6 milhões de
tablets vendidos até o final de 2012 e 5,4 milhões de unidades comercializadas
até 2013.
A IDC diz também
que, mesmo com o desaquecimento da economia, que afetou o mercado de PCs, o
crescimento na venda de tablets continuou acelerado. Muitas fabricantes
chinesas, que oferecem os aparelhos a baixo custo e com especificação técnica
limitada, têm se beneficiado disso, de acordo com analistas da consultoria.
O estudo afirma que
a variedade de modelos e preços alterou a dinâmica de tamanhos de tela e
configurações dos tablets. Metade dos dispositivos comercializados possuem tela
de 7 polegadas e desses, apenas 20% possuem conexão 3G. O preço influi nessa
conectividade, pois os aparelhos que possuem somente Wi-Fi costumam ser mais
baratos.
Com esses
resultados, o Brasil saltou da 17ª posição no ranking mundial durante o segundo
trimestre de 2011 para 11ª nos mesmos três meses de 2012, mas a previsão da IDC
é de que fique entre os dez maiores mercados globais até o final do ano.
Comparando com os demais países do bloco BRIC, formado por Brasil, Rússia,
Índia e China, o País ficou em terceiro lugar, à frente somente dos indianos. O
estudo afirma que os brasileiros compram um tablet para cada quatro notebooks
vendidos, enquanto nos Estados Unidos essa proporção é de um para um.
Mas o crescimento
na venda de tablets, uma categoria de dispositivo móvel praticamente
inexistente antes de 2010 (com o lançamento e popularização do iPad, da Apple),
não impede o mercado de outros aparelhos. Hoje são vendidos no Brasil cinco
tablets, 11 desktops e 17 notebooks por minuto. A preferência de uso é para
consumo de conteúdo, navegação na Internet ou acesso a vídeos, livros e
músicas. A IDC acredita ainda que a utilização de tablets vai acabar estendendo
o tempo de vida útil de computadores por conta de menor uso destes.
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