No
Brasil, faturamento da telefonia fixa ainda representa cerca de 30% do total do
setor. Nos Estados Unidos uma pequena parcela da população usa o serviço.
Na
perspectiva de o setor de telecomunicações repetir o crescimento de 8% previsto
para este ano, e movimentar R$ 200 bilhões em 2013, os segmentos de voz e dados
móveis tendem a puxar a rentabilidade das teles. Samuel Rodrigues, analista da
consultoria IDC, destacou que os serviços de voz e dados móveis tiveram alta de
12% este ano devem puxar o desempenho de 2012. Já os serviços de voz fixa
permaneceram estagnados.
"Os
serviços móveis vêm compensando os fixos. Antes, o telefone fixo servia para
alavancar a venda da banda larga. Hoje, é o contrário", afirmou. Ou seja,
com os pacotes de serviços conjuntos, ao adquirir a banda larga o cliente acaba
optando também pela telefonia fixa. Para Rodrigues, o faturamento bruto da
telefonia fixa deve começar a cair nos próximos anos. Ao comparar o Brasil a
mercados mais amadurecidos, ele aponta: "No Brasil o faturamento da
telefonia fixa representa 30% do total. Nos EUA uma pequena parcela da
população usa o serviço. A queda de faturamento neste segmento é irreversível.
Só não aconteceu ainda em virtude do desempenho das autorizadas". Em
termos do conjunto de serviços de banda larga, as projeções do IDC são de uma
alta de 21% este ano: 26 milhões de acessos. Entre esta base, a banda larga
fixa deverá crescer 20% e atingir 19 milhões de acessos, ao passo que a banda
larga móvel terá alta de 25%, para 7 milhões de acessos. "Este ritmo de
crescimento tende a se manter nos próximos anos". Em 2014, ano da Copa do
Mundo no País, os serviços de telecomunicações devem crescer dois dígitos e, em
2015, o setor deverá gerar R$ 240 bilhões.
Eduardo
Tude, diretor da consultoria Teleco, apontou que a tendência de queda da
participação da receita de voz também impulsionou serviços de dados, que se
tornaram uma fonte importante de receita para as operadoras. Durante a
apresentação do Balanço Huawei de Banda Larga, ele apontou que a receita de
dados representou 20,9% da receita líquida de serviços das operadoras no
Brasil, no trimestre de 2012.
Este
ano, os serviços de voz e banda larga (fixa e móvel), terá faturamento bruto de
R$ 180 bilhões. Com o mercado aquecido, as empresas têm analisado como evitar a
repetição de problemas que geram sanções da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel). Claro, TIM e Oi que já foram, aliás, impedidas de
vender chips e planos de Internet durante onze dias em julho. Também tem sido
cobrado delas que criem novas estruturas para dar conta da demanda de rede e
conexão necessária à cobertura de eventos esportivos sediados no País a partir
de 2013.
Banda
larga
A
expectativa da IDC é que o Brasil encerre o ano com 280 milhões de linhas
móveis ativas, uma alta de 17% sobre a base do fim de 2011. O setor deverá
manter média dos últimos anos e uma representatividade de 80% da base
concentrada no pré-pago. Para o analista da IDC João Paulo Bruder, a
infraestrutura atual é insuficiente, "mas, com a perspectiva de aumento do
consumo as empresas terão de investir".
Em
relação à América Latina, com base na taxa de câmbio do ano passado, o mercado
brasileiro representou 54% do setor em todo o continente. A região deve
movimentar US$ 200 bilhões.
Eduardo
Tude explicou como as Olimpíadas elevam a demanda: "A rede usada em
Londres tinha 4 vezes mais capacidade que a de Pequim. A rede chinesa trafegou
80% de voz e 20% de dados. Em Londres o valor projetado foi proporcionalmente
inverso. Daqui a quatro anos, nos jogos do Rio de Janeiro, a demanda será
maior. O tráfego de vídeo crescerá com os smartphones porque o público usará o
celular para ver outras competições enquanto está dentro dos estádios".
Fonte:
DCI – Comércio, Indústria e Serviços
Nenhum comentário:
Postar um comentário