terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Olimpíadas 2016: cloud entra em cena para aplicações essenciais

Olimpíadas 2016: cloud entra em cena para aplicações essenciais

Olimpíadas 2016: cloud entra em cena para aplicações essenciais

No dia 5 de agosto, quando for dada a largada para os Jogos Olímpicos 2016 , alguns marcos tecnológicos terão se consolidado. Pela primeira vez, por exemplo, uma plataforma de cloud irá rodar aplicações essenciais. Também é esperado que a mobilidade continue sua trajetória de ascensão. Além disso, será inédito o apoio de um centro operacional instalado em outro país que não a sede dos Jogos. Convivendo com esse cenário de transformação digital para eventos desse porte, a Atos inaugurou hoje no Rio de Janeiro, na sede do Rio 2016, o Centro de Operações Tecnológicas (TOC) que vai monitorar 144 praças olímpicas e colaborar para que os resultados cheguem em tempo real a uma audiência estimada em 4,8 bilhões de pessoas em todo o mundo.
“Os Jogos no Rio de Janeiro representam uma série de desafios e um momento decisivo na forma como entregamos TI para as Olimpíadas”, disse Patrick Adiba, vice-presidente executivo e CCO das Olímpiadas e Grandes eventos da Atos. E ele diz isso com experiência de quem desde 2003 responde pelo projeto olímpico e paralímpico da empresa. Entre esses desafios, ele relaciona a forte presença dos dispositivos móveis que há pouco tempo, mais exatamente durante as Olimpíadas de Pequim, em 2008, não passavam de 1% da informação trafegada. Em Londres, quatro anos depois, registrava-se uma participação de cerca de 40% de conteúdo sendo acessado por smartphones e tablets. E para o próximo ano a estimativa é de que praticamente todo o conteúdo esteja disponível nesses aparelhos.
A nuvem também começou a ganhar protagonismo nos preparativos para o Rio 2016. “Ela é uma parte importante da ferramenta de gerenciamento e da estratégia de potencializar mais os recursos de virtualização”, comentou Michele Miron, chefe de integração do Rio 2016 pela Atos. Em Londres, as atividades de nuvem estiveram mais relacionadas à integração web.
Agora, em uma plataforma de cloud privada da Embratel, a Atos começa a rodar o sistema CGS (Core Game System), que organiza questões operacionais e de logística, como credenciais, gerenciamento da força de trabalho, alocação de mão-de-obra e outros pontos  importantes para garantir a execução dos Jogos. Já a plataforma Information Diffusion Systems, ficará no data center da Embratel e só irá para nuvem nas Olímpiadas 2020, em Tóquio. Já no quesito virtualização, o TOC estará operando com 250 servidores contra a marca de 1000 equipamentos desse porte em eventos anteriores.
O suporte remoto ao TOC localizado no Rio será dado pelo novo Centro Técnico de Operações de Tecnologia de Barcelona, na Espanha. Essa estratégia, de acordo com a Atos, se encaixa no modelo de software como serviço (SaaS) em  cloud e será replicada também para os futuros Jogos Olímpicos. Entre as tarefas desse centro está a de colaborar para o monitoramento de segurança e teste de infraestrutura e aplicações.
Computação de alto desempenho
Para Yves Guillaumot, CEO da Atos para a América do Sul, o TOC é uma importante ferramenta para demonstrar aos clientes da companhia a sua capacidade técnica. Depois da aquisição da Bull no ano passado, em uma transação de US$ 845 milhões, o que ampliou suas capacidades em Big Data e nuvem, a empresa começa a desenvolver a estratégia de disputa pelo segmento de servidores de alto desempenho, onde vai brigar mais seriamente com HP e IBM.
A computação de alto desempenho também tem seu caminho na Atos via o supercomputador desenvolvido pela Bull com capacidade para realizar 1,1 bilhão de operações por segundo, o maior da América Latina. Por enquanto, o Santos Dumont, como se tornou conhecido, está disponível apenas no projeto desenvolvido em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), instalado na sede do laboratório em Petrópolis.
Guillamout acredita que haverá espaço para a chamada Computação de Alto Desempenho (HPC) em outros mercados além da pesquisa, como, por exemplo, os setores de finanças e telecomunicações. Mas ressalta que esse cenário deverá levar mais algum tempo para se tornar realidade. “Isso acontecerá aos poucos”, enfatizou.

Fonte: http://www.momentoeditorial.com.br/inovacao/2015/11/28539/

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