As
empresas de telecom que vão operar a tecnologia 4G no país pagaram nesta
terça-feira (16) pouco mais de R$ 1 bilhão para o governo. O valor representa a
primeira parcela devida pela aquisição dos lotes que permitem essa
implementação, leiloados em junho deste ano.
A
estimativa da agência é que essas empresas ainda invistam R$ 4 bilhões nos
próximos 24 meses para dar início à implementação do serviço no país.
Apesar
das empresas também terem assinado a autorização para começar a comercialização
e implantação do serviço no país hoje, a Anatel estima que os consumidores não
terão acesso a essa tecnologia antes de dezembro, quando as empresas que se
anteciparem ao cronograma de instalação devem concluir as primeiras redes para
uso do 4G.
Rezende
também assegurou que a qualidade da internet 3G não será prejudicada com o
lançamento do 4G e com falta de investimento por parte das empresas.
"Ainda
hoje no Brasil temos funcionando 2G, 3G e 4G. E nós ainda teremos mercado para
todas as tecnologias, então as empresas não vão deixar de investir",
afirmou.
A
tecnologia 4G serve para aprimorar a transmissão de dados. Estima-se, por
exemplo, que a velocidade da internet com 4G possa superar em dez vezes a média
da que é obtida atualmente com 3G no Brasil.
COMPARTILHAMENTO
Também
nesta terça, as empresas assinaram um termo de compromisso na Anatel em que
garantem que irão compartilhar as torres usadas para implantação do 4G.
"A
Anatel poderá incluir isso na votação do plano que avalia ainda este mês. E nós
sabemos que essa obrigação também pode chegar ao 3G, porque temos ainda que
expandir o serviço para o interior", disse.
Segundo
o ministro, o governo estuda uma forma de reduzir a cobrança do Fistel (Fundo
de Fiscalização das Telecomunicações) como incentivo para as operadoras que
compartilharem essa tecnologia.
"Por
exemplo, se o Fistel custa entre R$ 1.400 e R$ 1.600 por equipamento, isso pode
ser reduzido para 70% do valor, como forma de incentivo para quem
compartilhar", explicou.
Não
há, entretanto, previsão para que essa redução de tributos ocorra, uma vez que
ainda será necessário avaliar qual instrumento normativo terá de ser alterado
para permitir a aplicação desse desconto às teles.
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