NEGÓCIO ENTRE NOKIA E ALCATEL-LUCENT PODE ESBARRAR NA REGULAÇÃO
Segundo o Financial Times, os problemas podem vir dos Estados Unidos, onde a união das empresas equivaleria à retirada de um concorrente do mercado de fornecimento para operadoras de telecomunicações. A Ericsson domina o mercado norte-americano, enquanto a Huawei encontra resistência política devido a sua origem chinesa.
Na terra do Tio Sam, o negócio só deve ser autorizado após análises do impacto sobre a segurança nacional, conduzida pelo Comitê para o Investimento Exterior dos Estados Unidos (Cifus, nas sigla em inglês). A informação teria sido repassada ao Financial Times por um ex integrante do Cifus.
Esse tipo de escrutínio, ressalta o período, costuma demorar meses, até anos, para ser concluído, o que poderia frustrar os prazos pretendidos pelo CEO da Nokia, Rajeev Suri, de concluir o negócio em não mais que 12 meses.
Na China, também, o governo pode criar obstáculos. Por lá, a Alcatel-Lucent atua por meio de uma holding (Alcatel-Lucent Shanghai Bell), com participação estatal e supervisionada de perto pelos reguladores locais. A Nokia passaria a deter o controle dessa empresa, o que poderia levar os chineses a exigir mais que a manutenção de compromissos pré-estabelecidos (de incentivo à inovação no país, por exemplo).
Na própria União Europeia ainda não está claro se a união pode esbarrar em regulações. Buscando se antever, Michel Combes, CEO da Alcatel-Lucent, reforçou a tese de que o negócio é europeu. Rajeev Suri, da Nokia se disse confiante, apesar do caminho a percorrer. “Temos experiência em fazer isso [contornar os desafios regulatórios em uma transação]“, disse ao Financial Times.
HEREA Nokia avisou ontem (15) que está revendo sua estratégia para a divisão Here, de georreferenciamento. Em comunicado divulgado após a confirmação de proposta de compra da Alcatel-Lucent, a finlandesa diz que é o momento adequado para repensar os benefícios oriundo da Here. Segundo o texto, a empresa analisa diferentes abordagens, que podem envolver a venda ou o simples “desinvestimento” (fechamento). No ano passado, a divisão de mapas representou cerca 7,6% das receitas da companhia, faturando 969 milhões de euros e registrando lucro operacional de 31 milhões de euros.
Fonte: http://www.telesintese.com.br/apesar-de-apoio-governo-frances-negocio-entre-nokia-e-alcatel-lucent-pode-esbarra-na-regulacao/
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