A Telefônica Vivo irá pagar à vista pela frequência de 700 MHz, confirmou hoje o CFO da empresa, Alberto Aguirre, em conferência com os jornalistas na divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2014. A expectativa da empresa é fazer o desembolso até dezembro deste ano.
Mas, conforme as projeções da Anatel, a assinatura dos contratos com as quatro operadoras que compraram as frequências – Algar Telecom (faixas regionais), Claro, Telefonica Vivo e TIM – deverão ocorrer ainda no mês de novembro. Na semana passada, a agência publicou no Diário Oficial o extrato com o preço a ser pago recalculado, mas ainda não divulgado.
As empresas, embora tenham feito lance de  R$ 5,85 bilhões no total, ( a Vivo ofereceu exatos R$ 1.927.964.770,00), irão desembolsar menos  ao governo neste primeiro momento, pois será descontado o valor a ser destinado aos radiodifusores para a limpeza da faixa, que não foi assumido pela Oi, que não participou do leilão. Esta conta, embora já tenha sido feita pela Anatel, só será divulgada quando da assinatura dos contratos.
Conforme os cálculos do Tele.Síntese, no mínimo será R$ 930 milhões que caberiam ao quarto operador na distribuição dos custos da limpeza da faixa. Se esta fatura for dividida apenas pelas três grandes, haverá uma desconto de R$ 310 milhões para cada uma. Ou seja, a Vivo, ao invés de fazer o cheque de R$ 1,92 bilhão ao governo, fará de R$ 1,61 bilhão.
Em sua conference de divulgação dos resultados, o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, afirmava também que “há um forte estímulo para o pagamento à vista”. Ou, desestímulo para o parcelamento, já que os juros mensais estabelecidos pelo edital encarecem muito o parcelamento. Embora a Claro não tenha confirmado em sua conferência este interesse, a América Móvil sempre pagou à vista as frequências arrematadas no Brasil e não iria fazer diferente agora, conforme asseguraram fontes a este portal. Da mesma forma, alto executivo da Algar Telecom também disse  que iria pagar à vista.
Na assinatura do contrato, as empresas poderão ainda desembolsar outros R$ 422 milhões. Este é o valor estabelecido pelo leilão para que as operadoras utilizem as frequências que já possuem no cumprimento de metas estabelecidas na licitação de 2,5 GHz. Também este novo desembolso só será conhecido quando da assinatura dos novos contratos.

Para o uso adicional de frequências, a Anatel está cobrando um preço mínimo de R$ 561 milhões para as quatro faixas. Para o primeiro lote, a operadora que quiser usar a faixa de 1,8 GHz pagará R$ 155 milhões. O segundo lote custará R$ 133 milhões ; o terceiro lote, R$ 134 milhões e o último lote (que será vendido fatiado para permitir que a CTBC e a Sercomtel comprem o seu quinhão), custará R$ 138 milhões pelo reuso da frequência de 1,8 GHz.


Fonte; http://www.telesintese.com.br/telefonica-vivo-vai-pagar-vista-frequencia-de-700-mhz-e-desembolso-sera-menor/