Daqui a dois anos, mundo terá 2 bilhões de smartphones, diz Ericsson

O número total de usuários desse tipo de aparelho atingiu 1,2 bilhão em 2012, e chegará a 4,5 bilhões até o final de 2018, de acordo com a empresa

A disseminação de smartphones, alimentados por rápidas redes 3G e LTE usadas para assistir cada vez mais conteúdo de vídeo, estão aumentando o volume de tráfego de dados móveis. O desafio para as operadoras será transformar isso em mais receita, já que os usuários preferem redes Wi-Fi, disse um analista.

Apesar de recentes relatórios financeiros das operadoras mostrarem crescimento fraco em algumas partes do mundo, especialmente no sul da Europa, os próximos anos verão as assinaturas de planos e o tráfego de smartphones aumentar de forma significativa em uma base global, de acordo com o último Relatório de Mobilidade da Ericsson.
Demorou cinco anos para chegar a 1 bilhão de smartphones vendidos, mas vai demorar apenas mais dois anos para alcançar a marca de dois bilhões, e a Ericsson acha que isso ilustra o quão rápido o setor de telefonia móvel está se movimentando.
Grande parte desse crescimento deve vir de países em desenvolvimento, de acordo com a Pyramid Research. Vendas globais de smartphones devem mais que dobrar entre 2012 e 2017, e a venda direta em mercados emergentes deverá gerar 58% das vendas de smartphones no período, disse a empresa no mês passado.
O número total de assinantes globais de smartphones atingiu 1,2 bilhão em 2012, e atingirá 4,5 bilhões até o final de 2018, de acordo com a Ericsson. Mais assinaturas ajudarão no crescimento do tráfego, e desafiarão as operadoras a construir redes que possam lidar com cargas crescentes. O tráfego global de dados deve crescer doze vezes até o final de 2018, disse a companhia.
Muito desse crescimento vem dos vídeos, que monopolizam a maior quantidade de tráfego de dados em redes e dos quais espera-se um crescimento de cerca de 60% ao ano até o final de 2018. A crescente popularidade do vídeo é também devida às velocidades de rede mais rápidas oferecidas pelas tecnologias como LTE. No entanto, as redes de celulares não estão entregando o volume de tráfego de dados de smartphones, de acordo com Mark Newman, diretor de pesquisas da Informa Telecoms & Media.
"Temos acesso a algumas estatísticas muito boas que sugerem que a maioria do tráfego de dados em smartphones é via Wi-Fi gratuito. Isso é porque a maioria do uso realmente ocorre em casa, onde a cobertura do Wi-Fi [rede doméstica] tende a ser melhor do que a do 3G ", disse Newman.
A LTE, por causa de seu melhor desempenho, será fundamental para as operadoras se elas quiserem o tráfego e as receitas que vem com ela, de acordo com Newman. E como a receita de chamadas e mensagens só diminui, essas empresas se tornarão mais dependentes de dados.


Fonte: http://idgnow.uol.com.br/mobilidade/2013/06/03/daqui-a-dois-anos-mundo-tera-2-bilhoes-de-smartphones-diz-ericsson/